Analisamos a taxa de reciclagem atual (2,2%) e o potencial de mercado para quem dominar a Logística Reversa.
A reciclagem no Brasil não é um problema de vontade, mas sim de escala e eficiência logística. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabeleceu uma meta de alcançar a marca de 50% de resíduos sólidos recuperados em um prazo de 20 anos. Contudo, a realidade é que o país recicla apenas 2,2% do seu potencial, conforme os últimos dados consolidados.
Essa diferença abismal – a Lacuna de 47,8% – é o maior Market Gap da Economia Circular brasileira. Para o investidor de impacto e o parceiro corporativo focado em ESG, isso não representa um desafio regulatório, mas sim uma janela de oportunidade massiva com potencial de crescimento exponencial para quem apresentar a solução certa.
O gargalo não está na demanda por material reciclado, mas na ineficiência da coleta, da triagem e da rastreabilidade. Soluções tradicionais e fragmentadas simplesmente não têm a capacidade de preencher essa lacuna. A urgência reside em investir em modelos de Logística Reversa que sejam inerentemente replicáveis e baseados em Inteligência de Dados, capazes de crescer em dezenas de cidades de forma orgânica e eficiente.
O domínio dessa Logística Reversa e a capacidade de provar o impacto em escala serão o fator decisivo para quem capturará a fatia majoritária desse crescimento. É um convite claro para o capital de crescimento que busca não apenas um retorno financeiro seguro, mas o impacto social e ambiental em escala exigido pelo mercado.